Como preparação para a saída fotográfica, assisti aos vídeos comentados no post anterior. Só posso dizer que as dicas do Michael Melford são valiosíssimas! Achei o começo bem importante, onde ele diz que, para ser um bom fotógrafo, existem duas partes a saber: 1) a parte técnica, onde você deve conhecer sua câmera, ser capaz de usá-la; 2) a parte estética, onde você deve saber “ver”. E é nessa parte que ele diz que pode tentar nos inspirar com suas dicas. Segue um resumo:
Qualidades de Luz
Me parece que a principal dica dele é evitar a luz “dura” (harsh) de quando o sol está alto no céu. Nessa situação, ele passeia (scouting) pelo local para procurar boas composições de paisagens, assuntos interessantes, etc. e volta nesses pontos quando a luz está melhor, em uma das situações abaixo:
- Luz Difusa
- Quando está chovendo, nublado ou com névoa.
Ele compara essa luz com a de estúdio, só que proporcionada por Deus. 🙂
Normalmente, ele não inclui o céu nessas condições.
Pode-se trabalhar com ela o dia todo. - Luz Lateral
- Quando o sol está nascendo ou seu pondo.
Ele tem uma “regra” de o sol estar abaixo do nível do ombro.
É uma luz quente mas, logo após o sol se pôr, a temperatura da cor muda bastante.
Revela as texturas. - Contra-Luz
- Também usa a “regra” de o sol estar abaixo do nível do ombro. Mas, há problemas de flare. Quando ocorrer, se o sol não fizer parte da imagem, pode-se usar a mão para criar uma sombra na lente. Nesse caso, é possível usar o timer da câmera ou um cabo para ficar mais à frente e ver com maior precisão onde a sombra da mão está caindo. Também é possível recortar a imagem caso sua mão apareça na foto! 🙂 Caso o sol faça parte da imagem, pode-se escondê-lo atrás de algo como uma árvore.
Ele comenta que faz uma compensação da exposição do flash em -2 stops quando precisa fazer uso de luz de preenchimento. - Luz Mágica
- Definição dele: é a luz que, quando você vê, diz “onde está minha câmera?”.
Composição
Ele diz para treinar bastante as regras de composição para que fiquem automáticas. E, depois, sabendo as regras, para quebrá-las! 🙂
- Regra dos Terços
- Comentou brevemente.
- Linhas Guias (Leading Lines)
- Adicionam profundidade à cena.
Comentou sobre a “Clássica Curva em S”. - Quadro dentro de Quadro (Frame within Frame)
- Diz não usar muito, mas que o meio urbano é muito propício para essa situação.
- Padrões de Repetição
- Comentou brevemente.
Outras Dicas
- Colocar o assunto e a linha do horizonte fora do centro.
- Enquadrar usando o primeiro plano.
- Ser seletivo – simples é melhor.
- Ele diz que quando vê um assunto que acha interessante, ele tira uma foto a partir da posição onde ele primeiramente teve essa sensação e depois vai mudando de posição, tirando várias fotos. Normalmente a primeira ou a última são as que ele acha que ficou melhor.
- Quando perguntado sobre qual configuração de balanço de branco usar, ele diz que isso não importa, pois fotografa em raw e, dessa forma, pode escolher depois. Mas, no pós-processamento, normalmente deixa o que a câmera sugeriu (automático) ou em daylight.
- Sobre as cores em suas fotografias, ele diz que, no pós-processamento, tenta chegar o mais próximo que a fotografia ficaria caso tivesse usado um filme Velvia.
- O ISO ele usa o menor possível (também uma “herança” do uso de filmes Velvia).
- Faz uso intenso do filtro polarizador e muitas vezes do ND graduado (soft -2 EV).
- Gosta muito de usar baixas velocidades (1/15 para começar) e fazer panning de vida selvagem.
Espero que tenham gostado do resumo. Assistam aos vídeos para ver o que ele comentou sobre suas fotos aéreas e sobre o que tem em sua mochila! 😉
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